Descrição
“Qual o lírio entre os espinhos, tal é meu amor entre as filhas. Qual a macieira entre as árvores do bosque, tal é o meu amado entre os filhos; desejo muito a sua sombra, e debaixo dela me assento; e o seu fruto é doce ao meu paladar.” (Cânticos 2:2-3)
É verdade que o homem natural não conhece as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura.
Pode haver alguém agora me ouvindo que têm uma aversão arraigada às pessoas religiosas, elas são tão duras, tão precisas, tão melancólicas, você não pode suportar a sua companhia. Pois bem, veja aqui o que Cristo pensa deles: “Qual o lírio entre os espinhos, tal é meu amor entre as filhas”. Quão diferente você é de Cristo!
Pode haver alguém me ouvindo que não têm desejos por Jesus Cristo, que nunca pensou nEle com prazer, você não vê nenhuma beleza nem formosura nEle, nenhum encanto para que você deva desejá-lO, você não ama a melodia do Seu Nome, você não ora a Ele continuamente.
Pois bem, veja aqui o que o crente pensa dEle, como difere de você: “Qual a macieira entre as árvores do bosque, tal é o meu amado entre os filhos; desejo muito a sua sombra, e debaixo dela me assento; e o seu fruto é doce ao meu paladar”.
Oh, que você fosse despertado por isto mesmo — que você é tão diferente de Cristo, e tão diferente do crente — a pensar que você deve estar em uma condição natural e debaixo da ira de Deus.
Doutrina. O crente é indescritivelmente precioso aos olhos de Cristo, e Cristo é indescritivelmente precioso aos olhos do crente.
I. Indague o que Cristo pensa do crente, e a reposta será: “Qual o lírio entre os espinhos, tal é meu amor entre as filhas”.
Cristo não vê nada tão justo em todo este mundo como o crente.
Veja o que Cristo pensa do mundo não-convertido. É como um campo cheio de espinhos e abrolhos aos Seus olhos.
(2) Veja o que Cristo pensa do crente. “Qual o lírio entre os espinhos, tal é meu amor entre as filhas”.
O crente é como uma linda flor aos olhos de Cristo. 1. Porque, justificado aos olhos de Cristo, lavado em Seu sangue, ele é puro e branco como um lírio. Cristo não pode ver nenhuma mancha em Sua própria justiça e, portanto, Ele não vê mancha no crente. “Tu és toda formosa, meu amor, como um lírio entre os espinhos assim é o meu amor”. 2. A natureza de um crente é mudada. Uma vez que ele era como o estéril espinheiro, que só serviria para ser queimado, agora Cristo colocou um novo espírito nele, o orvalho tem sido concedido a ele, e ele cresce como o lírio. Cristo ama a nova criatura. “Todo meu prazer está neles”. “Qual o lírio entre os espinhos, tal é meu amor entre as filhas”. Você é um Cristão? Então não importa se o mundo te despreza, embora eles chamam-lhe por nomes depreciativos, lembre-se que Cristo te ama, Ele te chama: “Meu amor”. Permanecei nEle, e você deve permanecer no Seu amor. “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos”. 3. Porque, estão sós no mundo. Observem, só há um lírio, mas muitos espinhos. Há um grande deserto cheio de espinhos, e apenas uma flor solitária. Portanto, há um mundo que jaz no maligno, e um pequeno rebanho dos que creem em Jesus. Alguns crentes ficam abatidos porque eles se sentem solitários e sozinhos. Pensam: “Se eu estivesse no caminho certo, certamente eu não seria tão solitário”.
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“Como flores em um belo jardim misturam seus milhares de odores para enriquecer a brisa que passa, assim, no paraíso acima, você deve se unir aos milhares de redimidos misturando o aroma deles como o seu louvor. Você deve se unir aos redimidos como flores vivas para formar uma guirlanda para a fronte do Redentor.
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II. Indague o que o crente pensa de Cristo, e a reposta será: “Qual a macieira entre as árvores do bosque, tal é o meu amado entre os filhos; desejo muito a sua sombra, e debaixo dela me assento; e o seu fruto é doce ao meu paladar”.
Por que o crente estima tão altamente a Cristo?
Resposta (1). Porque ele tem experimentado a Cristo.
Resposta (2) Porque ele sentou-se com grande deleite.
– misericórdias temporais são doces ao paladar.
– aflições são doces ao paladar.
– os dons do Espírito são doces ao paladar.
– as promessas de glória.
Algumas das maçãs têm um sabor de céu nelas. Alimentem-se destas, queridos Cristãos. Algumas das maçãs de Cristo dão-lhes um deleite como o fruto de Canaã por meio dos cachos de Escol. Senhor, dê-me sempre destas maçãs, pois oh! elas são doces ao meu paladar.